Sonetos Cansado de tudo: (dois sonetos)

I

Não sei há quantas noites eu não durmo...

Não bebo nada e nem me alimento...

Isso não representa nenhum sofrimento...

Perto do cansaço que eu sinto de tudo!!!

Esse desgosto que não me nasceu fortuito...

Tampouco foi trazido pelo vento...

Semeei e cultivei a contento...

Agora eu colho o meu amargoso fruto!!!

Se hoje eu sinto dor e vivo entristecido...

É por causa do caminho que eu tinha escolhido...

Não posso dizer que é um infortúnio ...

Sou eu o ÚNICO (ir)responsável...

Esse fato é mesmo inescusável...

Merecido o meu "deleitoso" desfortúnio!!!

II

Agora de tudo nessa vida estou cansado...

Não sinto nenhuma vontade ou prazer...

Se eu pudesse hoje não amanhecer...

Talvez cessaria todo o meu malgrado!!!

É um fardo tão amargo o meu fado...

Me sufocando e não consigo me desprender...

Um oceano infinito escuro de desprazer...

Que dia, após dia eu tenho me afogado!!!

Já supliquei aos céus em bramido...

Meu íntimo desejo de ser recolhido...

Desenlaçado da existência desse mundo...

Anseio por esse doce e ÚNICO acalento...

Para me salvar desse mar de tormento...

Em que me joguei e cada vez mais me afundo!!!

Poeta Plebeu
Enviado por Poeta Plebeu em 08/08/2023
Reeditado em 08/08/2023
Código do texto: T7856101
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