ODE À VIDA

 

"Quando não houver saída
Quando não houver mais solução
Ainda há de haver saída
Nenhuma ideia vale uma vida


Quando não houver esperança
Quando não restar nem ilusão
Ainda há de haver esperança
Em cada um de nós, algo de uma criança


Enquanto houver sol
Enquanto houver sol..."

 

(Enquanto houver sol, Titãs)

 

Enquanto houver o sol, que a vida regenera,
Renascerão, também, as flores na campina,
Na mata, pantanal, em tudo que ilumina,
A transmudar o outono em plena primavera.

 

Enquanto houver o sol, a luz que em tudo impera,
Ao penetrar o breu e a treva, que domina,
Os olhos de quem vê – o fundo da retina –
E a lancinante dor, com garras de pantera.

 

Enquanto houver o sol, germinarão, por certo,
Sementes de ilusão, de sonhos, de esperança,
No calcinado chão, no oásis e deserto

 

Elevarei a Deus, as minhas mãos em prece,
Por tanta graça, enfim, que sobre tudo lança,
A dádiva solar, que o ciclo fia e tece.

 

Edir Pina de Barros

Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 27/07/2023
Reeditado em 28/07/2023
Código do texto: T7847404
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