OFÍCIO DA INTANGIBILIDADE
Da plenitude estou cheio de excessos
Cheio de várias vontades avassaladoras
Inteiro de mim; consciente dos processos
Muito aprendiz a perguntas enriquecedoras.
Não aprende-se tudo quando se sabe
E se sabemos em demasia deixamos
De ser aprendizes, o que em nós não cabe
E jamais vivenciaríamos os saberes profanos.
É do total de todas as coisas existentes
Que chega dentro de mim bem latente
E no final, faz-me outro novo indivíduo.
Agora sei que não sei de nada daquilo
Que ironicamente julgava saber
E esse é meu universo a me entreter.