NA PAISAGEM QUE PINTO DO SERTÃO

Que haja bois, que haja vacas e alazão

Na paisagem rural que pinto agora;

E um vaqueiro destemido co’ espora,

Com chapéu, com colete e com gibão!

Que haja chuva revigorando o chão

E também um conforto pra quem chora

A saudade do amor que foi embora,

Outorgando, de herança, a solidão!

Que a 'sperança que anima e que consola

Ela floresça ao som de uma viola,

Inspirando um repente, uma canção....

E que haja compromisso dos doutores,

Políticos não sejam enganadores,

Na paisagem que pinto do sertão!

— Antonio Costta