Claustro
Jaz preso entre a agonia e a dor
Não reage, sabe não ser inocente...
Aflito, não acredita mais no amor
Vive de uma felicidade aparente.
Não encontra no arco íris a cor,
Nem vê a sua amada sorridente.
Só recorda de um beijo, o sabor
E o estorvo de sua vida presente...
A solidão é sua fiel companheira
No claustro a aflição permanece
A esperança é a donzela faceira
Que na aurora o deixa, esvanece
Ele disfarça sua dor derradeira...
Jaz sozinho... As mãos em prece...