O condenado
Pelas mãos do carrasco o condenado
Transpunha o cadafalso lentamente;
Na praça, a multidão toda inclemente
Bradava injúrias contra o aprisionado;
No patíbulo já pronto e aparado
Aquele réu – um homem delinquente;
Cheio de crimes contra muita gente
Na morte ia findar seu negro fado!
Chegara o momento. A grossa corda
Nele foi posta. A turba ensandecida
Insultava sem piedade o calhorda;
Mas entre o povo, triste e comovida
Chorava, entre toda aquela horda
Sua mãezinha... que lhe dera a vida!