SE EU NÃO TIVESSE...
Soneto
Débora Novaes de Castro
Se eu não tivesse, a ti, amado tanto
como te amei nas plagas do meu sonho,
bem sei ser neve a derreter, no entanto,
mais se debruçam palmas que anteponho.
Se eu não tivesse, a ti, amado tanto
como anuncia um tempo tão risonho,
jamais teriam, versos, tal encanto,
nem tanto zelo, o poema que componho.
A ti, amor, eu devo a excelsa lira,
o espanto de viver, dor, alegria,
rastros de luar, sonhos tão amados.
Das pedras do caminho, ergue-se a pira,
fogo a crepitar, arde à revelia...
mirra de minha alma, elos perfumados!
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Menção Honrosa
I CONCURSO DE TROVAS E POEMAS
“ELIANE MARIATH” – ALAP - 2021
Rio de Janeiro, 23 de fevereiro de 2021
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