Azul

A madrugada beija meu pescoço,

tingindo de azul minha pulsação,

desacelerando a agitação

que me jogava no fundo do poço.

A madrugada me faz ser moço,

me pinta de azul no pavilhão,

onde mora uma constelação

que me desenhou, osso por osso.

As horas mais azuladas

são quando minha jornada

se desencontra do nascer do dia.

A madrugada é um mar

onde minha alma escolheu morar,

pois esse azul a torna alegria.

JP Rodrigues
Enviado por JP Rodrigues em 28/03/2023
Código do texto: T7750805
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