A toalha
Na mesa do café uma toalha
Bem cedo mamãe sempre estendia;
Como era bonita! Nela havia
Flores tecidas! Era cor de palha!
Era toda rendada. A sua malha
Mamãe quem costurava, quem cerzia;
Findo o café na porta sacudia
Do pão as sobras, a sua migalha.
Mas um dia tu foste trocada
Estava em pedaços... não perdoa
O tempo a ninguém, também a nada!
... faz em pedaços um tecido à toa...
Faz ficar velho... que pressa danada...
Que tem o tempo, como ele voa...