Desdigo em Soneto
Te amo, meu amor, então não durma.
Pois já é tarde e não haverá hora oportuna
ou outra noite a entregar igual penumbra.
Abra teus braços, abra teus olhos,
deixe eu me aquietar ao lado teu
ou mesmo troca teu espírito com o meu.
Se ousar partir suplico aos céus: deixe-me vida,
já não importa mais viver!
Sem ti não há e nem nunca mais irá haver.
O que é a vida? Onde ela está? Cadê?
Chega outra noite e eu sei que irei permanecer.
Abra teus braços, abra teus olhos, me vê?
Ao menos ouça, ao menos deixe eu desdizer...
que é impossível que eu exista sem você.