Yara
Quando a vi naquele momento
Linda e pálida tu dormias
Veio em mente um tormento:
Dali pra frente, o que eu faria?
Quantas coisas não pude dizer
Tantas palavras foram omitidas
Eu nada podia fazer
Diante de tua partida
Você alí, inerte, me magoava
Eu falava e tu não respondias
E meu peito se apertava
E até hoje eu exclamo:
Posso não ser o que tu querias
Mas não hão de te amar como eu te amo!
(Dedicada à minha mãe falecida em 08/1993.)