BRINCADEIRA

Há jeitos de tornar a brincadeira

“Se tu não vens eu vou em pensamento”

Na antecipação do movimento

De coçar sem parar nunca a coceira.

Usando um dedo, dois ou a mão inteira,

Misturando carinho e pressão,

Pode-se sentir a boa sensação

De se estar do nirvana quase à beira.

Mas quem brinca de um jeito sem ter tato

Com a rudeza dada do contato

Pode causar repulsa e até medo.

O mistério do clímax esperado

É o carinho viçoso que é dado

Por quem se faz e do outro é o brinquedo.