Amor insano

 

Nesta história apenas eu morro
e morrerei de amor porque te quero,
porque te quero, amor, a sangue e fogo.

(Soneto LXVI, Pablo Neruda, Chile 1904-1973)
 

A sangue e fogo, assim te quero tanto,

Morrendo-me de amor além prossigo,

A carregar a dor de amar comigo,

Nesse silêncio em que sozinha canto.

 

A sangue e fogo dentro o peito imanto

Esse querer sem ter, amor, contigo

A vida que sonhei, um sonho antigo

que nunca morre, para o meu espanto.

 

Eu te amo de tal jeito que renego

A força desse amor insano e cego

Que a sangue e fogo pulsa em minha tez.

 

Assim te quero e sem querer eu quero

Morrer contigo ao som de algum bolero

Ou não morrer... Viver, enfim, talvez.

 

 

Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 14/08/2022
Código do texto: T7582151
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