Fatum
Embora a agonia tanto procure
N’alma resista uma paixão controlada
Na amargura da tristeza passada
Com Afrodite o amor comum jure.
Nas lágrimas imortais a cicuta dure
Da vida a morte tão bem comentada
No discurso de Alcmena o tudo e o nada
Nos confins sepulcrais o ódio ature.
É preciso morrer para expor o obvio
Para elevar o amor que vai crescendo
No contínuo querer do mau me extravio.
No recôndito d’ alma o amor perdido
Renascido da treva do poeta sofrido
Nas lágrimas sentes o amor nascendo.