PAISAGEM


A janela aberta – eu no peitoral,
Olhar roto – perdido na amplitude,
A divagar sobre esse mundo tão rude,
E de uma insanidade surreal.

Corre o dia... Cortante como o metal,
Nuvens densas – chuva que cai amiúde,
Em mim – um desequilíbrio abissal.
Sou livre? Onde estará a latitude?

E eu que sonhava com um mundo igual,
Páginas de uma bela juventude,
Em que a coragem era o recital,

Da grande batalha contra todo o mal,
Trilhando o caminho da atitude,
Mas, esse livro teve um triste final.