AMOR, DORIDO AMOR

 

 

Aqueles que me veem, riso em Flor

Não sabem do bicho que me corrói

Por uma paixão inútil, um tal amor

Choro, peno na dor que me destrói!

 

Versejo pra espantar a tristura latente

Saudades da boca amada, agora oculta

Dulçores que sonho e a vigília desmente

É sempre uma angústia, tédio e labuta!

 

E se não posso dar asas a este sentir

Porque me afogo neste mar? náufraga!

Quimera. Sino surdo, já não ousa tinir!

 

O coração sucumbe à razão- Loucura!

Sem comungar o amor, amo-o mais...

Chaga incerta, que não mata, flagela ou cura.

 

Imagem: Pinterest

Elisa Salles
Enviado por Elisa Salles em 17/03/2022
Código do texto: T7475071
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