AMOR, DORIDO AMOR
Aqueles que me veem, riso em Flor
Não sabem do bicho que me corrói
Por uma paixão inútil, um tal amor
Choro, peno na dor que me destrói!
Versejo pra espantar a tristura latente
Saudades da boca amada, agora oculta
Dulçores que sonho e a vigília desmente
É sempre uma angústia, tédio e labuta!
E se não posso dar asas a este sentir
Porque me afogo neste mar? náufraga!
Quimera. Sino surdo, já não ousa tinir!
O coração sucumbe à razão- Loucura!
Sem comungar o amor, amo-o mais...
Chaga incerta, que não mata, flagela ou cura.
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