COMO A VEJO
Não penses que não a vejo. Vejo-te, Senhora!
Olho e te vejo, e assim como ontem, a vejo agora.
Em teu semblante de doçura de madura amora.
E ainda guardas tua luz no olhar, como outrora....
Tua timidez cativa-me mais que a luz da lua.
No medo de mostrar-me a alma terna e nua.
Acaso pensas que a vejo como as moças da rua?
Engana-te Senhora... Minha admiração é tua!
Pois a vejo como homem algum jamais a verá.
Vejo-te com olhos de homem que sabe amar;
Portanto, descansa moça do olhar de âmbar...
Farei de ti a Dona do sorriso de maior primor.
Pois a olho e a vejo, como nenhum outro Senhor.
Olha firme e me veja. Fita em mim, querida, o amor.