COMO A VEJO

 

 

Não penses que não a vejo. Vejo-te, Senhora!

Olho e te vejo, e assim como ontem, a vejo agora.

Em teu semblante de doçura de madura amora.

E ainda guardas tua luz no olhar, como outrora....

 

Tua timidez cativa-me mais que a luz da lua.

No medo de mostrar-me a alma terna e nua.

Acaso pensas que a vejo como as moças da rua?

Engana-te Senhora... Minha admiração é tua!

 

Pois a vejo como homem algum jamais a verá.

Vejo-te com olhos de homem que sabe amar;

Portanto, descansa moça do olhar de âmbar...

 

Farei de ti a Dona do sorriso de maior primor.

Pois a olho e a vejo, como nenhum outro Senhor.

Olha firme e me veja. Fita em mim, querida, o amor.

Elisa Salles
Enviado por Elisa Salles em 10/03/2022
Código do texto: T7469680
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