SAUDADE
Nunca foi o impulso do momento.
Árvore pendendo ao vento, imprudente.
Ou o clima, o arrebatar do pensamento,
Que acendeu este desejo pungente.
Para ti, eu sempre estive preparada.
Era fogo, era brasa acesa para o calor.
Ansiosa a entregar-te a flor sagrada.
Numa sublime afirmação de amor.
O teu beijo, o mel e o sumo do buriti
Tuas mãos a roçar-me o seio exposto
Tudo vivenciei...sonhei, senti...
Doei-me consciente, sedenta do prazer
Me deleitei no teu deleite, fomos um...
Hoje és saudade, verso do meu viver!