POCINHA D'ÁGUA
Já faz tanto tempo que não ponho o corpo no mar
Tampouco os pés pisaram na areia molhada
Parece até que os meus poros vão empedrar
Não sou seca ao contrário sou bem aguada
Pouco se pode sentir o carinho das brisas
Toda água que se consome tende a evaporar
As peles maduras não ficam mais tão lisas
Gasta-se muito para de verdade se hidratar
Sei que os versos estão diferentes dos que crio
Perdoem, mas, o calor no Rio está de matar
Pandemia segue tão viva que parece estar no cio
O Inverno vai demorar a chegar por aqui
Durante este tempo seguimos sendo fritos
Virando pocinha d’água e babando caqui
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