Velho tronco
Caminhando eu vislumbro, encanto-me por ele
É um magnífico tronco que jaz ali velho, caído
Fico a imaginá-lo o quando foi galeado, florido:
Quantas vidas passaram e foram refletidas nele!
Em seu grandioso porte, incontáveis suas raízes
As enigmáticas bifurcações buscando nutrientes
Que sustentaram esse majestoso tronco dormente
Resignado, inerte, sem as antigas forças motrizes.
No florescer da vida, pequenos brotos a proliferar
Nos seus entrelaços tecidos, há os ciclos do tempo
Estendeu suas hastes, resistiu às forças dos ventos.
Pousando em seu leito, ali desfalecido a encantar!
Aos passantes, possíveis e inimagináveis histórias
Mais que um tronco velho, o atiçar das memórias…
Texto e imagem: Miriam Carmignan, segundo lugar categoria sonetos no concurso Miguel Russowsky, promovido Casa da Cultura, Rogério Esganzela. Joaçaba, SC, em: 24/11/2021
A imagem obtida reserva ambiental do Sesc, em Porto Cercado, Poconé, MT.