"ALMA e AMOR entrelaçados"
A alma até se desprende, por cansaço
Ao passo, que o amor não cansa, não
O abraço, que o amor transforma em laço
Em desejo, protege o amado na prisão.
Que aceita, enfim tão pouco espaço
E as marcas provindas do grilhão
Mas assegura sentimento tão escasso
Qual o nobre produto desta adição
São a Alma e o Amor entrelaçados
Ensinou-nos o Dante, nesta lição:
"O amor e alma gentil estão ligados,
Como nos diz o 'sábio' na canção,
Só pode um sem o outro ser pensado
Se à alma racional faltar razão"
[Os 4 últimos versos são da obra "VITA NOUVA", de Dante Alighiero degli Alighieri, escritor, poeta e político florentino, que nasceu na atual Itália, entre 22 de maio e 13 de junho de 1.265, em Florença, República de Florença (atual Toscana) efaleceu em 14 de setembro de 1.321, Ravena, Estados Papais (atual Emília-Romanha). E "o sábio" que ele menciona nesses versos é o poeta romano Virgílio (símbolo da razão humana, autor do poema épico 'Eneida')].