LAGARTIXA (SONETO)
LAGARTIXA (SONETO)
SONETO: Paulo Roberto Giesteira
Colado em uma parede trafega a lixa,
Caçando insetos invertebrados a língua salsicha,
De lado ou de cabeça para baixo a uma camuflagem,
Paredes ou forros das casas ou das garagens.
Luz brilhante ou apagada buscando a viagem,
Carne fresca como uma deliciosa cartilagem,
Cor opaca ou fosca a um colorido mixa...
Aguardando a sua hora pela espera de mensagem.
Longe dos vegetais as penugens a uma barbicha...
Macho ou fêmea acasalando a qualquer bicha...
Procurando pelo ardor faminto da sua coragem.
Passagem comprovada pela redondeza de uma ficha,
Localização imersão de uma carceragem...
Vagando pelas paredes está a persistente largatixa.