ÓDIO (SONETO)

ÓDIO (SONETO)

AUTOR: Paulo Roberto Giesteira

Tirar a vida do outro por uma mínima insignificância,

Ou mesmo a sua própria, vetando pensar no semelhante,

Um apetrecho qualquer a uma bijouteria brilhante,

Buscando ostentar atendendo a sua protuberância.

Buzinada assusta no trânsito pela fretada inoperância,

Bebidas alteram os nervos a um variado sabor rascante...

Forte sobre o fraco a desigualdade de força marcante,

Trincando os dentes, rangendo o rosto pela falta de relevância.

Isto as ruas pelos noticiários que fazem as estâncias,

Armas na cintura a esmo interpelado pela falta de importância,

Quebrando garrafas no chão de cervejas ou refrigerantes.

Ódio se combate com o amor a asa delta no voo razante,

Féu substituido pelo doce de um aconchego contagiante,

Entendimento é advento entre todos na paz pela elegância.

Paulo Roberto Giesteira
Enviado por Paulo Roberto Giesteira em 03/10/2021
Reeditado em 03/10/2021
Código do texto: T7355326
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