Como negar o amor?
Como negar o amor imenso e farto
De sonhos, de ternura? Eu te pergunto...
Se tudo o que vivemos, no conjunto,
Renasce, quando partes, quando parto?
Se quando estamos nus em nosso quarto
Ficamos tão calados, sem assunto,
E os lábios meus aos lábios teus eu junto
E sofres se de ti me vou, me aparto?
Nós dois sabemos desse amor bendito,
Ainda que o renegues – eu nem tento –
E por sabe-lo aceito-o, não o evito.
Mas quando tu me vens, de amor sedento,
Eu cumpro, com prazer, o grande rito
Do encontro divinal, de mágoa isento.
Edir Pina de Barros
Como negar o amor imenso e farto
De sonhos, de ternura? Eu te pergunto...
Se tudo o que vivemos, no conjunto,
Renasce, quando partes, quando parto?
Se quando estamos nus em nosso quarto
Ficamos tão calados, sem assunto,
E os lábios meus aos lábios teus eu junto
E sofres se de ti me vou, me aparto?
Nós dois sabemos desse amor bendito,
Ainda que o renegues – eu nem tento –
E por sabe-lo aceito-o, não o evito.
Mas quando tu me vens, de amor sedento,
Eu cumpro, com prazer, o grande rito
Do encontro divinal, de mágoa isento.
Edir Pina de Barros