CAPITÃO DO MATO - SAMBA (SONETO)
CAPITÃO DO MATO (SONETO)
AUTOR: Paulo Roberto Giesteira
Seus senhores pedem a captura de um foragido escravo,
Debandando de uma fazenda de engenho correndo do trabalho,
Embrenhando nas florestas com a roupa do corpo no aparato,
Pés descalços entocado em alguma moita no meio do mato.
Escondendo da caçada pelos esconderijos a um grito bravo,
Entrando no local de refúgio como nas árvores nos altos galhos;
Alcançando os Quilombos e reunindo aglomerações dos tratos,
Juntando a hierarquia da fuga e foco escravocratas pelos retratos.
Aprofundando mata a dentro procurando cada lugar a seu retalho,
Cuidando da manutenção da ordem da escravatura a contratos,
Levando e praticando os castigos aos capturados comum a fatos.
Guerreavam os Quilombolas aniquilando com o funcionamento e regato.
Muitos brancos como também negros libertos e serviçais a atalhos,
Carregando a confiança dos senhores de engenhos eram Os Capitães do Mato.