UM MOMENTO
Felicidade não há — que a busca é interminável
Mas embora flama, existe a alegria
Da fagulha de um momento
Do idílio de um desvelo
E assim o espírito se liberta — da agonia de viver
Pelo acalento de uma mão
No brilho de um olhar
Há muito desejado
Sentir-se viver, esteja talvez na ínfima dor
Da resignação e desprendimento
De um breve adeus
Em cada gesto uma lembrança, ...daí a saudade
Numa canção o alento, ...daí a alegria
No silêncio a espera, ...dum breve retorno