MOLHANDO PLANTAS E ENXUGANDO LÁGRIMAS
Eu molho as minhas plantas todo dia,
E quando o faço, estou lhes dando vida,
E encharcando minh’alma de alegria.
Só de vê-las viçosas, me faz bem,
Saber que florirão logo em seguida,
Minha emoção vai muito mais além.
No dia-a-dia, que me cabe agora,
Basta-me a honra de molhar as plantas,
E de enxugar o pranto de quem chora.
Talvez seja até bom, morrer assim,
Sem santo ser, fazendo coisas santas,
Enquanto rego as plantas do jardim.
Pitanga, 25/02/21