Penada

Penada

Depois da animação “Soul”

Às vezes, por andar tão distraído,

Cismado atrás do que lhe dê sentido,

O homem pisa em falso num bueiro

E vê desmoronar seu mundo inteiro.

Do nada, parte, e então está perdido;

Só pensa em retornar ao lar primeiro

E aos dias que, antes cinzas e abatidos,

Agora são milagres passageiros...

Mas tem que ser assim, só quando passa

A vida é que enxergamos toda a graça

Em se viver, é essa nossa sina;

Pois da existência o verdadeiro horror

Não é a morte e, sim, que dar valor

É uma lição que só a perda ensina.