"M O R I B U N D A”

Assim que a vida noutra tarde escorre

E o sol nas águas, temente se esconde

Meu pensamento, como a luz que morre

Mergulha em sombras, a saltar da ponte

Do tempo torpe que passou em porre

De tamanha espera por final contente

Dessa ambulância que nunca socorre

A minh’ esperança, que caiu doente

O que sobra ainda, é um ser descrente

Da luz que finda, quando a tarde é rente

Deixando a gente, sem mãe e nem pai

Nesta escuridão, adoecida e triste

Minh’ esperança, pouca, que existe

Como o soneto, aqui, morrendo vai...

Lobo da Madrugada
Enviado por Lobo da Madrugada em 31/07/2021
Reeditado em 31/07/2021
Código do texto: T7310856
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