A quem entregar meus versos ?
Estes versos que deslizam
pela velocidade dos meus pulsos
num galope das palavras, amaciam
as emoções incontidas, impulsos....
Eles vão em bandeja de prata
com a alma ainda exposta
num arfar dos mares, em fragata
no sangue avançam, jorram a resposta...
E seguem prontos a cegar os olhos
estavam no espelho e minha voz ao lado,
inebriados, vendo o parir dos filhos ...
A boca fechada, lacrada, querendo gritar;
Onde, a quem entregar meus versos ?
Qual janela da lua estará a esperar ?