Morte no Atlântico calmo
Me gela o mar, o coração desfalece
No seio do atlântico as negras vagas
Noturnais meus sonhos evanesce
E Impassível zomba de minhas chagas
São as leis que o oceano estabelece
Àquele que se aventura em suas águas
Sem forças, sem voz, jaz, sem prece
Em ti, Pernambuco, minhas mágoas!
Da madeira que sustenta minha vida
Desprendo-me rapidamente
Ruge o vento, ruge as ondas em meu peito
A rir no céu a lua aparece polida
Ondeia o mar brilhantemente
Fulge a praia, o atlântico, meu leito.