Soneto de sensações corpóreas
Rugindo bravio e com seus passos errantes
Em louca travessia ele vai revelando o brado
E, como sempre, andando tenso e apressado
Só se ouvem seus ecos quando já distantes
Por onde uivando passa deixa o trevoso frio
A nos açoitar cortante as bobas faces lívidas
A relembrar constante as suas claras dívidas
Aos corações que hibernam o triste desvario
Feito um vendaval deixa-nos a solidão funesta
Num tufão se forma e se faz bruma em treva
Onde o cheiro ocre dum denso vazio se eleva.
E uma lufada gélida o corpo a afagar se presta
Como uma avalanche de sensações corpóreas
Apaga os nossos fulgores o deus vento Bóreas.
Adriribeiro/@adri.poesias
Rugindo bravio e com seus passos errantes
Em louca travessia ele vai revelando o brado
E, como sempre, andando tenso e apressado
Só se ouvem seus ecos quando já distantes
Por onde uivando passa deixa o trevoso frio
A nos açoitar cortante as bobas faces lívidas
A relembrar constante as suas claras dívidas
Aos corações que hibernam o triste desvario
Feito um vendaval deixa-nos a solidão funesta
Num tufão se forma e se faz bruma em treva
Onde o cheiro ocre dum denso vazio se eleva.
E uma lufada gélida o corpo a afagar se presta
Como uma avalanche de sensações corpóreas
Apaga os nossos fulgores o deus vento Bóreas.
Adriribeiro/@adri.poesias