Esqueça...
Esqueça como amar se por agora
Os afazeres tomam teu momento
E o resplendor das ilusões lá fora
Devoram-te a razão do sentimento...
Esqueça teu sorrir, como quem chora,
E vibre de prazer pelos lamentos,
Esqueça o meu olhar e vá embora
E leve o meu amor na voz dos ventos...
Não te esqueças, porém, que a vida passa...
O anseio de partir que hoje te abraça
Poderá ser a angustia dos seus dias!
E saberás também, já muito tarde,
Que o verdadeiro amor não é covarde
E agora és infeliz, por covardia!