SONETO DA FAZENDA
O encanto do horizonte lá na serra,
O frio de junho lá é mais brumoso.
A genética memória nos desterra,
Ante ao flavo sol tão orgulhoso!
Os ribeiros que nasceram nessa terra
Embrenham-se num caminho mais custoso,
E de longe um bezerro alto berra,
À procura de sua mãe todo guloso.
A vida duma fazenda, no tempo para,
Com tradições antigas se depara,
E o peito disso enche-me de saudade.
Eu que peguei pouco da geração,
ainda trago aqui no coração
Muita lembrança da minha mocidade!