Soneto de herança
De amor e sonhos fiz meu ajuntamento...
Para quando desta vida proferir o adeus,
E finalmente eu voltar pra perto de Deus,
Deixar como herança o meu testamento...
Mas da minha bagagem triste e lamurienta
Não deixarei sequer uma lembrança vaga.
Nem traços da ilusão que no tempo apaga,
Mas da minha bagagem triste e lamurienta
Não deixarei sequer uma lembrança vaga.
Nem traços da ilusão que no tempo apaga,
Pois só se imagina, mas não se sustenta...
Deixarei a esperança para a alma sedenta
Deixarei a esperança para a alma sedenta
De uma outra vida na qual meu eu divaga.
Enquanto o meu espírito nesta fé se afaga.
Que o mais justo valor do pão que alimenta
Sempre aos meus herdeiros tal herança traga
Só a doce memória do que nunca se apaga...
Adriribeiro/@adri.poesias
Enquanto o meu espírito nesta fé se afaga.
Que o mais justo valor do pão que alimenta
Sempre aos meus herdeiros tal herança traga
Só a doce memória do que nunca se apaga...
Adriribeiro/@adri.poesias