Soneto de delírio ardente

O teu olhar, fixo em mim, ardente queima
E a natureza quente do meu corpo acorda.
Na intensa agonia dessa paixão que teima
Em despertar o desejo que já transborda...

Tento disfarçar, mas os meus seios túmidos
Logo denunciam-me sob teus olhos cálidos.
Revelam esse querer os meus lábios úmidos
E os tons de pele que agora ficam pálidos...

No ávido pulsar que o meu âmago castiga...
Chego a acreditar que sinto os carinhos teus.
E que teu corpo vibrante o meu olhar instiga.

Mas de repente acordo desses delírios meus
Sinto a faltar o teu corpo que já não me abriga
E temo abrir os olhos pra não dizer-lhe adeus.

Adriribeiro/@adri.poesias

 
Adriribeiro
Enviado por Adriribeiro em 08/06/2021
Reeditado em 09/06/2021
Código do texto: T7274135
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