RETALHOS DE UMA VIDA
Se tinha muito, era quatorze anos,
O seu olhar clamava por piedade,
O corpo coberto por surrados panos,
E coberto de tanta indignidade.
Era vítima de um mundo de danos,
Só; perdida nas esquinas da cidade,
Objeto – abuso de homens insanos,
Desconhecia a tal felicidade.
Pobre garota! Santa entre profanos,
Jogada na boca da ferocidade,
Acariciada pela desigualdade.
Pobre de nós! Intitulados – humanos,
Mas, ignoramos a realidade,
Como fitaremos o dia da verdade?
Se tinha muito, era quatorze anos,
O seu olhar clamava por piedade,
O corpo coberto por surrados panos,
E coberto de tanta indignidade.
Era vítima de um mundo de danos,
Só; perdida nas esquinas da cidade,
Objeto – abuso de homens insanos,
Desconhecia a tal felicidade.
Pobre garota! Santa entre profanos,
Jogada na boca da ferocidade,
Acariciada pela desigualdade.
Pobre de nós! Intitulados – humanos,
Mas, ignoramos a realidade,
Como fitaremos o dia da verdade?