Soneto de "Eu lírico" solitário
Meu eu artista é solitário, muito embora,
Cercado esteja por variados figurantes...
Nesta "peça" onde atores e coadjuvantes
Interpretam os seus enredos sem demora.
Junto à plateia ouço aplausos turbulentos.
Junto à plateia ouço aplausos turbulentos.
Curvo-me, então, a eternos compromissos.
Diante destes sou mais um dos submissos.
Assim eu vivo ou sobrevivo aos desalentos.
Mesmo atuando entre solidárias multidões,
Em solidão só me assemelho aos exilados...
Mesmo atuando entre solidárias multidões,
Em solidão só me assemelho aos exilados...
Neste desterro cumpro as minhas servidões.
E tal qual na vida, que se espelha nesta arte,
No meu "teatro" tem bonecos manipulados...
Meu eu lírico sente-se só em qualquer parte.
Adriribeiro/@adri.poesias