REPICAR

E os sinos dobram com melancolia

Na tarde do cerrado, triste sensação

E outras tristezas, aquela contrição

Hórrido vão que o pôr do sol esfia

O aperto na alma, a sombria poesia

Vazia, sem qualquer uma inspiração

Ao canto do entardecer, fria canção

Brandindo solitária emoção gentia

Dobram, e dobram. Saudade e prece

Funéreo sentir que nem mesmo sei

Donde vem, e pra onde então finda

E eles choram a sofrência que tece

As mágoas que na desilusão eu hei

Dando ao repicar mais tritura ainda!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

Maio, 13, 2021, 20’09” – Araguari, MG

Vídeo poético no Canal do YouTube:

https://youtu.be/g0Tq8gy7Rts

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 13/05/2021
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