QUE PÁTRIA, A MINHA!
A mata amazônica definha,
Diante de intenso e vil braseiro
E abandonado ao vírus por inteiro
Lamenta o país... Que pátria, a minha!
Não há panelas cheias na cozinha,
Nem camas e o relento é o banheiro,
O povo magro, burro, o dia inteiro
Cata a sorte, puxando a carrocinha.
À frente, com empáfia um berrante
Orienta com estrondo irritante
A manada que o povo hoje é.
Povo sem Deus, que clama por um Cristo,
Que às ruas perambula, e não é visto
Por quem ora nos templos sem ter fé.