TACHO

Rapar o tacho é bom,

De doce quente, melhor,

A raspa deixa o gogó,

Com o sabor de bombom.

E a língua, estalando ao som

De afinado bongô,

Lambe deixando em rubor

Beiços, até sem batom.

Até o fundo no fogo

Dele se escuta o rogo

Para não ser esquecido.

E dele a boca se abeira,

Se o tacho arde à fogueira

Do doce corpo servido.