Soneto do desengano
Oh, Brasil! Nos meus sonhos eu te via
No futuro, como grande nação
Mas tu vives em longa pandemia
Pelo vírus mortal da corrupção
Esse mal te corrói e contagia
A política a cada geração
Vive em ti essa triste anomalia
Como se fosse eterna maldição
Teus poderes tão bem constituídos
Se tornaram iguais nas artimanhas
Com favores promíscuos repartidos
Através de conchavos e barganhas
Hoje estamos descrentes e perdidos
Vendo o mal corroer tuas entranhas