INDIGENTE

Tenho um desejo: existe uma felicidade

que eu não conheço e no cobiçar tende

é o amor que no querer então me quer

como eu quero, enfim, que me entende

Nem um olhar, nem uma palavra sequer

peno sem que ele exista, e que detende

a minha vontade de ter. No falto pende!

é vazio que não se tem como preencher

É um amor sem fato: - e eu mesmo ignoro

donde? como eu saber se nem o há nome

das pessoas amadas nenhuma ocorreram

É um dessaber que a imaginação consome

na desilusão. É dor que vive a viver o choro

das tentativas que no pranto emudeceram

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado

25 de abril, 2021, 05’45” – Araguari, MG

Vídeo no Canal do YouTube:

https://youtu.be/OLQkQMcgi0g

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 25/04/2021
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