A coruja do Recanto

Sou Tyto Alba e pio triste em meu Recanto.
Contagiando de amargura os meus leitores.
Todos eles já conhecem bem as minhas dores.
E até me ajudam a enxugar todo o meu pranto.

De madrugada rasgo meu verso da mortalha
E venho tocar o sino do alto da torre da igreja
Mas o ouvinte que meus olhos em vão deseja
O ignora, e na ausência o meu peito se retalha

O meu doce lamento parece o som da Suindara
E reverbera despertando da alma as sentinelas
Para afugententar toda a saudade que declara

Eu o convido para fazermos a dois este dueto...
Como quisera que ouvisse as minhas cantinelas
E ao som do amor viesse compor este Soneto...

adriribeiro/@adri.poesias

 
Adriribeiro
Enviado por Adriribeiro em 02/04/2021
Reeditado em 02/04/2021
Código do texto: T7222307
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