Paradoxo existencial
Estou preso num quarto
Que ainda não construí...
Numa dimensão impalpável
Longe e tão perto daqui...
Estou preso em mim mesmo
Nas minhas ilusões terrenas
Navegando em ondas turvas
Embora às vezes tão serenas
Sou o que sou e sequer posso negar
Que seja assim por amor, desamor
Ou desconhecimento do verbo amar
Quem dera ser diferente ou indiferente
Ao jeito próprio de ser e se conhecer,
E não viver, tão somente, de sonhar!