SONETO DO PUM
Mal acabei de sair de uma padaria
Passou um senhor e me deu bom dia.
Desejei o mesmo não só por educação,
Mas por ser o desejo do meu coração.
Ao sentir que estava afastado de mim
Pensou que eu não ouviria ou algo assim.
O senhor protagonizou uma cena incomum,
Não segurou os gases, soltou sonoro pum.
Ao ouvir, cada ouvido meu ficou estupefato.
Nesta hora, até que ser surdo não seria chato,
Mas o contexto do fedor não teve nenhum dó.
Porém minha boca diz bem alto e contundente,
Exibindo da boca uma galhofa complacente:
Também lhe desejo um bom dia, idoso fiofó.
O FILHO DA POETISA