Soneto de volúpia e frustração

Eu escolhi uma agradável melodia.
Meu cabelo enfeitei com uma rosa.
Pus no olhar todo o calor que irradia.
E na pele uma essência bem cheirosa.

Num belo verso o convite ao amor...
Abri um vinho para experimentar...
​​​​​​ Tomei um gole pra sentir o seu sabor.
Uma languidez passou a predominar.

Esperei a noite com o corpo aquecido.
De pura volúpia o cerne já entumecido.
Antecipando o prelúdio de um beijo...

 Mas o amor chegou em casa já cansado.
Fitou o cenário ali perfeito e preparado.
 No seu olhar nenhum vestígio de desejo.

Adriribeiro/@adri.poesias