AMBLYOPE / AMBLÍOPE
AMBLYOPE I (1982)
So that's my Fate, to see myself doubled
In the same generation that left me forlorn,
Ever so often by Love's crafty smile torn,
Again so often by such Love troubled...
I ran away a little, you showed a little scorn,
And then you challenged me in hatred and struggled
My bitter flesh to bound -- and with vastness adorn,
Repealed, invited, beckoned, in withdrawal boggled.
Never understood women, men have never known,
Only ken myself -- and the Love from me flown
Toward you -- the Love unpent and unenjoyed.
Love so often lost, in Love never rejoiced,
Love within my grasp and lost the Love sought:
Love minced to bits the only Love I caught...
AMBLÍOPE (1982)
Meu destino, afinal, é ver-me duplicado
Na mesma geração que tem-me desvalido,
E quantas vezes creia Amor tenha sorrido,
Nas mesmas vezes tenha Amor desprestigiado...
Um pouco fujo eu -- um pouco tu me evitas,
Quase me desafias, em detestar me odeias,
A carne minha amarga de vastidão enleias,
Repeles, retrocedes, acenas e concitas...
Nunca entendi mulher, dos homens nunca soube,
Eu sei só de mim mesmo, eu sei quanto te quero,
Amor não cabe em mim, Amor nunca me coube:
Amor que perdi sempre, Amor não recupero,
Amor que julgo ter, um outro Amor me roube,
Amor que despedaça o Amor que mais espero!...