Soneto de Ogum paramentado
Tentei ignorá-lo e infelizmente não consigo.
Quando a lua brilha lá do alto me chamando.
Sei que ela é Ogum que está me hipnotizando.
Mas ele insisti em me impor o seu castigo.
A sua forte influência sobre mim é inegável.
E essa fraqueza diante dele me envergonha.
E enquanto tento evitar que ela me exponha.
Mais eu me sinto uma infeliz e miserável.
Sendo mortal, eu não devia amar um deus.
Meu coração sabe que não há esperanças.
Por isso antecipa as amarguras do adeus.
Daqui da terra contemplo o céu iluminado.
E à minha mente impregnada de lembranças.
Vem o semblante do meu Ogum paramentado.
Adriribeiro/@adri.poesias