Soneto de estranha solidão

A estranha solidão decidiu casar comigo.
E prometeu-me longas bodas nupciais.
Se tornou a companheira dos meus ais.
E quando choro o seu peito é meu abrigo

Ela se mostra a consorte mais amável.
Está comigo nos momentos de tristeza.
Também se joga nessa louca correnteza.
Do destino que me arrasta incansável.

Já cogitei em solicitar-lhe o meu divórcio.
As vezes sinto que ela quer me sufocar...
Mas parece que firmamos um consórcio.

Assim, se me deixar, ficarei no prejuízo...
E meus lamentos a quem é que vou contar,
Pra não perder totalmente o meu juízo?

Adriribeiro/@adri.poesias
 
Adriribeiro
Enviado por Adriribeiro em 02/01/2021
Reeditado em 20/02/2021
Código do texto: T7150318
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