Soneto de estranha solidão
A estranha solidão decidiu casar comigo.
E prometeu-me longas bodas nupciais.
Se tornou a companheira dos meus ais.
E quando choro o seu peito é meu abrigo
Se tornou a companheira dos meus ais.
E quando choro o seu peito é meu abrigo
Ela se mostra a consorte mais amável.
Está comigo nos momentos de tristeza.
Também se joga nessa louca correnteza.
Do destino que me arrasta incansável.
Já cogitei em solicitar-lhe o meu divórcio.
As vezes sinto que ela quer me sufocar...
Mas parece que firmamos um consórcio.
Assim, se me deixar, ficarei no prejuízo...
E meus lamentos a quem é que vou contar,
Pra não perder totalmente o meu juízo?
Adriribeiro/@adri.poesias